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Sem atendimento médico, servidores estaduais protestam em frente ao Santa Rita

Manifestantes se revoltaram porque o hospital não avisou previamente que o atendimento médico seria suspenso. Hospital Santa Rita revelou documento provando que avisou o Estado com antecedência

Sexta-feira, 19 de março de 2010


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Servidores estaduais protestaram nesta quinta-feira (18) em frente ao Hospital Santa Rita, em Maringá, contra a interrupção do atendimento pelo Sistema de Assistência à Saúde (SAS). Os servidores reclamam que não foram avisados com antecedência do cancelamento do contrato. Desde terça-feira (16), o Santa Rita deixou de atender os usuários do SAS.

Entenda o impasse no atendimento pelo SAS.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, conta que os servidores estão revoltados. “É inaceitável cessar o serviço sem aviso prévio. É uma irresponsabilidade, pois vidas estão em jogo.”

Com o fim do atendimento, 47 mil servidores na macrorregião de Maringá estão desassistidos.

De acordo com Rossato, o Santa Rita chegou a manifestar interesse de atender, em caráter emergencial, o sistema SAS até que se definisse nova licitação. O hospital tinha contrato com o governo do Paraná para atender os servidores durante cinco anos. O contrato, iniciado por licitação vencida em 2005, encerrou em 31 de janeiro de 2010. Após o término do contrato, o governo abriu duas licitações, mas não houve interessados.

O Santa Rita alega que não se interessou em firmar novo contrato por causa do valor oferecido pelo governo, que foi de R$ 23,80. O hospital considera que o valor ideal seria R$ 45. O Santa Rita recebia R$ 21.

O presidente em Maringá do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP), Claudemir Feltrin, diz que o servidor perdeu a referência do atendimento de saúde em Maringá. “Ou ele paga ou enfrenta o SUS.”

O Hospital Santa Rita mostrou documento provando que o governo do Estado sabia que a entidade encerraria o atendimento pelo SAS no último dia de fevereiro deste ano. No documento, assinado pelo superintendente do hospital, Hiran Castilho, e recebido por Eduardo Mischiatti, superintendente do SAS, o hospital assegura “a continuidade da prestação dos serviços, não obstante a remuneração inferior ao custo, por mais um mês”.

Uma reunião, marcada para esta sexta-feira (19), deve definir o futuro do atendimento de saúde dos servidores estaduais pelo SAS em Maringá.

 

Fonte: Carla Guedes

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