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Farmácias do Paraná garantem acesso a medicamentos gratuitos

Quinta-feira, 30 de junho de 2016


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Cerca de 160 mil paranaenses recebem medicamentos de alto custo e uso contínuo gratuitamente através do programa Farmácia do Paraná, do Governo do Estado. Desde 2010, o número de usuários cadastrados aumentou em 50%, contemplando pacientes dos 399 municípios do Paraná. 

Somente no ano passado, o Paraná movimentou cerca de R$ 781 milhões na área de assistência farmacêutica, incluindo recursos para a compra de medicamentos, soros e vacinas e o repasse de incentivos às prefeituras. Em cinco anos, o investimento ultrapassa a marca de R$ 3 bilhões. 

“Estamos dando uma atenção especial a este setor, ampliando sistematicamente o orçamento destinado para a área e garantindo a oferta de medicamentos gratuitos à população”, declara o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, que também é farmacêutico. 

Em 2015, o volume de distribuição foi o maior da história - chegou a 166 milhões de unidades de medicamentos, soros e vacinas. A ação atende pessoas que estão em tratamento para mais de 80 doenças e condições clínicas, como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla, esquizofrenia, artrite, asma grave e diabetes. São ofertados ainda medicamentos para terapia pós-transplante. 

De acordo com Caputo Neto, o governo estadual também investiu pesado na estrutura física das sedes regionais. “Doze unidades já foram construídas, reformadas ou ampliadas. Há obras em andamento em outras três regionais, além da sede do Cemepar, o Centro de Medicamentos do Paraná. Esperamos que em breve todas as nossas 22 farmácias funcionem neste novo padrão, com mais conforto e qualidade no atendimento”, detalhou o secretário. 

METROPOLITANA – Entre as farmácias reestruturadas está a da 2ª Regional de Saúde, em Curitiba, que atende a população de 29 municípios. Com a mudança para um novo prédio, em novembro do ano passado, a unidade se tornou uma das maiores farmácias públicas do País. 

São 1.605 metros quadrados distribuídos em um espaço com três andares no Centro da Capital. “Melhorou muito. A farmácia antiga funcionava em um anexo adaptado da regional de saúde e já não suportava a demanda, que é de mais de 1,2 mil atendimentos por dia”, disse a chefe da unidade, Kelly Cristiane Gusso Braga. 

Além de alas mais amplas, as novas farmácias contam com um diferencial - o consultório farmacêutico. O local é utilizado para orientar os pacientes quanto à administração do medicamento, assim como a possíveis reações adversas e interações medicamentosas que podem prejudicar o tratamento. 

A diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica, Deise Pontarolli, explica que a orientação profissional contribui diretamente para maior efetividade e segurança do tratamento. “Não basta apenas distribuir o medicamento. É preciso garantir que o paciente esteja bem informado e saiba exatamente como agir para que o tratamento tenha o efeito desejado”, ressalta. 

ENTREGA DESCENTRALIZADA – Para melhorar o acesso ao medicamento, o Governo do Estado está descentralizando o processo de entrega. Agora, além das 22 unidades próprias da Farmácia do Paraná, o paciente pode retirar os medicamentos em farmácias municipais de 294 cidades paranaenses. 

Na região de Pato Branco, por exemplo, todos os 4.004 usuários cadastrados no programa podem fazer a retirada em seus próprios municípios. “No meu caso, essa mudança fez com que eu economizasse duas horas de viagem”, disse Eduardo Poletto, morador de Coronel Vivida e que toma vários medicamentos para tratar um problema renal. 

Poletto faz parte do programa há 10 anos e desde 2013 não precisa mais se deslocar a Pato Branco todos os meses para comparecer à farmácia. “Meu tratamento envolve quase dez medicamentos, que retiro a cada 30 dias. Por isso, a mudança facilitou muito a minha vida”, completou. 

O diretor da 7ª Regional de Saúde de Pato Branco, Nestor Werner Júnior, disse que em breve os pacientes poderão ainda iniciar o processo e atualizar o cadastro no programa também nos municípios. “A ideia é facilitar a vida do usuário e de seus familiares. Sabemos o quanto é difícil para quem tem que se deslocar para fazer um tratamento ou mesmo apenas retirar um medicamento”, relatou. 

Fonte: AEN-PR

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